quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BEM MAIS QUE UM BANCO


Ao desenharmos um banco, podemos acreditar que estamos simplesmente resolvendo onde quantas pessoas vão sentar...É bem mais do que isto.

Como vamos sentar?

Quanto tempo ficaremos sentados?

Como vamos nos sentir e, sentar ali, mudou algo?

Um banco bem pensado convida a sentar, tira as pessoas de sua pressa e de seus problemas, faz relaxar, facilita a se encontrar, faz sorrir.

Mesmo não sentando, só de olhá-lo, sugere coisas boas, traz lembranças, diz quão importante somos, traz-nos cidadania e, lentamente, atitudes.

Bronze com  Drummond, Rio de Janeiro/RJ


O ser humano bem tratado, retribui.

Além da questão bem-estar físico, tem a questão psicológica, a auto estima das pessoas. E, consequentemente, a auto estima da cidade. Sim, cidades tem auto estima.

Nos apoderamos do que de bom nos é ofertado, defendemos este bem e nos orgulhamos disto, cuidamos dele. E da cidade.

E as pessoas de fora, percebem e admiram, respeitam-nos. Com este banco informamos que este espaço tem mais do que ocupantes, tem donos, e donos zelosos. E assim todo uma melhoria se irradia. Um simples banco...

Um maior cuidado ao desenharmos um banco, e este banco simboliza todas as nossas pequenas atitudes e obras, tem o poder de mudar muito mais do que imaginamos.

E tem ainda o componente arte, estética. Se conseguirmos ter a preocupação em transcender a função, oferecer beleza e identidade, bem, aí superamos as expectativas.

Mas não fizemos nada mais do que sabemos ser missão de quem projeta e gere o espaço e o bem público.

*artigo publicado no www.clickgaropaba.com.br

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